Pense bem e responda as seguintes perguntas:
1) Será que as mulheres fazem o seu networking diferente dos homens?
2) E este networking feminino é mais eficaz?
3) As mulheres são mais sociais nos negócios do que os homens?
As respostas são sim, sim e sim! Pelo menos é o que mostram as estatísticas.
De acordo com a revista americana Business Week no artigo The Social Media Gender Gap (N.T. A distância entre os gêneros nas mídias sociais), a tendência nas redes sociais virtuais é que elas se tornem “cor-de-rosa” e prevê que o futuro das mídias sociais seja voltado para as mulheres. A revista vai além e sugere que se você pretende criar um site de sucesso na web 2.0 o seu alvo deverá ser o feminino.
Ao contrário do que muitos podem achar, as mulheres não estão usando a internet apenas para pesquisar receitas culinárias, falar sobre alergias infantis e discutir as suas frustrações no relacionamento home-mulher, elas estão formando as suas próprias redes de contatos voltadas para mulheres de negócios e desenvolvimento profissional, criando organizações e associações cuja foco principal é ter “mulheres ajudando mulheres a crescer” em uma época em que apesar da negação automática desta realidade, muitas mulheres são preteridas nos empregos, discriminadas por ambicionarem além de uma carreira, uma família, “esquecidas” ao selecionarem quem recebe os melhores treinamentos na empresa, para citar só alguns fatos.
De acordo com o centro de pesquisas de negócios femininos os estilos de gerenciamento dos empreendedores do sexo masculino e feminino são bem distintos. O sexo feminino é mais disposto a buscar ajuda com colegas mais experientes na área, funcionários e especialistas no assunto. Além disso, as mulheres dão mais ênfase na construção do relacionamento, assim como na coleta de dados. Se levarmos em conta o estereótipo masculino de não ler instruções e evitar ao máximo pedir informações, mesmo quando estão perdidos, isso não chega a ser exatamente uma descoberta chocante.
De acordo com estas estatísticas, os homens utilizam as redes sociais com objetivos mais voltados ao lazer quando solteiros, mas tendem mais a utilizar redes de negócios quando casados. As mulheres, porém, independentes do seu estado civil são maioria no uso das redes sociais para buscar informação, ampliar relacionamentos, obter conhecimento, esclarecer dúvidas, compartilhar seus desafios diários e também para fazer negócios.
Mas se estreitarmos o foco destas estatísticas levando em conta somente as mulheres, há esta enorme evidência empírica que mostra que quanto mais poderoso o networking da mulher é, maior é a probabilidade de torná-lo maior. Mais de 80% das mulheres que possuem negócios milionários pertencem à organizações de negócios, associações ou redes sociais. Já as mulheres com redes sociais menores fazem parte de um percentual menor (pouco mais de 60%).
Caso esta cavalgada rápida para cima e este poder crescente entre as mulheres de negócios continue no padrão que observamos hoje, as mulheres farão parte de um percentual muito maior em relação ao homens no que diz respeito à propriedade de empresas privadas. Mesmo que os homens e as mulheres não tenham como objetivo “nivelar o jogo”, as mulheres de negócios estão vindo com força total e para ficar!
Débora Carvalho
Coordenadora Paraná Mulher

